04/11 - Golden Four ASICS - BSB

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Agora, está procurando aquela foto marota sua nesta competição?? Seguem alguns links interessantes!

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• Flickr da Asics

Corredores após o término da prova
e... Que #$%@& é essa?!?!

Olá, olá, amigos corredores! Desta vez o Anônimo finalmente deixou o estado de São Paulo e foi correr em outros ares! Uma vez que era necessário ver como estava em uma meia maratona, nada melhor que... correr uma meia maratona! E qual meia seria excelente? Alguma etapa da Golden 4 da Asics, claro!

Aos que não tiveram a oportunidade de saber do que se trata essas meias fantásticas, vou tentar explicar brevemente. Elas ocorrem anualmente em 4 cidades diferentes: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Outro aspecto bem interessante é que elas são praticamente planas, o que ajuda bastante na obtenção de um recorde pessoal. Agora, se isso é bom (convenhamos, você está correndo em um percurso que não se encontra todo o dia, o que mascara seu tempo "real") eu não sei e nem entrarei no mérito para não transformar essa discussão em uma possível "guerra santa".

Continuando com as inovações desta competição, há a grande sacada da Asics em criar o seleto grupo dos Top 100. Como o nome já diz, pertence ao Top 100 todo o corredor que se classifica entre os 100 primeiros, desconsiderando a Elite A (confere, produção?). E aí que está um probleminha... TODO o corredor. Ou seja, o Top 100 não é feito por sexo (confere, produção?). Sim, eu também fico triste por isso.

"Mas Anônimo, qual a vantagem de ser um Top 100?", ora, para início de conversa, você ganha uma medalha diferenciada!! Segundo a própria Asics, ela é folheada em ouro (oooooh), além de você poder ganhar uma camiseta personalizada ao correr em uma outra etapa (...confere?)

Enfim, é uma prova bem interessante!

Ok, escolhida a prova e tendo realizado o preparo necessário (PÉÉÉÉÉÉ, errado! Na realidade meu preparo foi para provas mais curtas, urgh!) fui para BSB. Para não delongar muito, vamos diretamente para a corrida. Apareci (a paisana, obviamente) às 6:10 da manhã, tempo suficiente para efetuar a transformação e ficar preparado para encarar os 21km. Como sempre acontece, os corredores não reparam muito na minha presença. O que é bem compreensível, já que o pessoal está preocupado com a prova e não com um doido fantasiado. Falando em doido fantasiado, creio que eu era o único "a caráter" na prova. Oh... a vergonha...

A única coisa que salvou essa foto foi
a bandeira do Brasil.

Dada a largada, foi um salve-se quem puder. Devido a problemas com o cronômetro, fui obrigado a correr com o meu inseparável smartphone no braço, utilizando o Endomondo, a fim de verificar o meu pace a cada km de prova. O maior temor é o GPS não detectar o sinal, o que não foi o caso. Logo, foi bem tranquila a "corrida tecnológica".

E os apelidos? Ah, eles voltaram!!

• Olha lá, o mosquito da dengue!
• Mas que #$^@# é essa?!
• É o Homem Aranha!!
• Vai Lacraia!!!
• Ei, Pedro, tem um alienígena atrás de você!!! 

ah... Mas é claro que teve o conhecidíssimo:

VAI NINJAAAAAAAA!!!!

e muitos, mas muitos outros nomes que não irei recordar por questões óbvias envolvendo a minha memória altamente volátil. Mas foi bom! Devido a esses nomes, dava para descontrair, acenar e esquecer o incômodo de usar uma roupa totalmente PRETA. Sim, minha sorte era que a temperatura estava bem agradável, senão...

Ah, sim, o Endomondo! Passou 1km, 2km, 3km e nada de ele informar o meu pace. Foi aí que eu tive que tirar a braçadeira e tentar verificar se ele estava de fato registrando. E tive um problema: as luvas passaram a atrapalhar o deslize dos dedos na tela. O que eu tive que fazer? tirar o smart da braçadeira, e a luva permanecia atrapalhando. O que eu fiz? Tive que tirar uma luva e tentar refazer a ação de deslizar o dedo. E o que aconteceu? Antes que eu destravasse a tela, escutei bem baixo o anuncio que eu tinha cruzado o quarto quilômetro. Per-fei-to. O Endomondo estava funcionando desde o princípio mas o manguito estava bloqueando o som, pois era de poliéster. Sim, como puderam perceber, fiz tudo isso enquanto corria...

E assim foi indo a corrida, em que eu adotei duas estratégias, beber água a cada 6km e não tomar isotônico. Até que deu certo o plano, devido às experiências pipoquenses de correr 10km sem tomar água (crianças, não façam isso em casa!!). Sim, era usar a mente no limite! 

Existiram muitos corredores que eu tentei caçar na prova, em que alguns eram Top 100 de outras etapas. "Mas, mas, mas, Anônimo! Como você descobriu isso? Usou o smartphone, abriu o face e viu os perfis deles??", quase isso! Eles estavam usando a camiseta de Top 100, o que tornou meu trabalho infinitamente mais simples! De posse dessa informação, tudo que tive a fazer foi ficar na cola deles e aguentar o máximo possível.

No km 10, já sentia que boa parte das minhas forças já tinham ido para o brejo. O que estava me motivando era chegar logo no final, obter minha medalha (desejando ao máximo que fosse Top 100) e c'est fini. E assim foi indo, até que próximo da rodoviária um grupo de pessoas soltaram um "Aí Sim!! Vai lá Zorro!!!", o que serviu para reanimar os ânimos e continuar na luta.

Uma vez ultrapassado o Senado, houve uma grande concentração de pessoas fardadas e com roupas sociais, o que eram provavelmente seguranças. Só estava vendo a hora de um deles olhar para minha cara e dizer "Aquele cara é suspeito, peguem-no!!!". Sorte minha que eu estava inscrito na prova, ufa!! Se estivesse na pipoca, vish... Queria nem pensar no que poderia ter acontecido...

Outro ponto interessante foi que eu vi alguns jovens fardados (moças e moços) que iriam realizar alguma apresentação. O que o doido aqui fez? Nada? Não!! Tudo!! Ok, "quase tudo", comecei a gesticular e eles soltavam a todo instante um "Nossa, olha lá!!", poxa, foi bem divertido! Ainda mais quando um grupo de moças fardadas passaram e prontamente o corredor do meu lado soltou um "Olhem, ele é o homem aranha!", e elas caíram na gargalhada. O que me restou a fazer foi gesticular, mas nada de soltar a teia.

Ok, km 19. Minhas pernas já apresentavam sinais de fadiga. Meu abdome apresentava sinais de fadiga. Minha cabeça apresentava sinais de fadiga. Nunca desejei que esses 2.1km passassem tão rápido. Mas com uma grande força de vontade, nos últimos 500m eu dei um sprint. Cada vez que passava 100m era um peso a menos que eu deixava de carregar, e assim foi até cruzar a linha de chegada.

O mais legal foi que uma moça que eu lembrava ter visto no dia anterior veio em minha direção dizendo "Eu faço questão de entregar a medalha para ele!" (ou algo similar a isso). Eu estava tão desnorteado que eu apenas baixei a cabeça e permiti que ela assim o fizesse. Depois que o oxigênio voltou a trafegar no meu cérebro, foi que eu percebi o que tinha acontecido e fui embora todo contente. Qual a minha surpresa ao descobrir que a moça nada mais era que a ADRIANA LUZ?? Wow!! Ok, posso estar cometendo um grande engano nesse momento, mas eu tenho uma certa certeza que foi ela. Não sabem quem ela é??? Ela foi a grande vencedora da Golden 4 de BH deste ano!! Eu não sei vocês, mas eu fiquei honrado! Um grande obrigado, Adriana!!

E assim foi a Golden Four para este corredor desconhecido. Claro que tive que tirar algumas fotos com grandes celebridades do mundo da corrida, que são VOCÊS, corredores! Todas as fotos que tive a chance de registrar estão lá no facebook! Corra lá e veja alguns cliques! Mas claro que a foto que vai ficar para a história é esta daqui:

Um grande abraço a todos e vamos correr!